Viagem pela Costa Italiana - Dia 2 - Sorrento

Foram 55km de Nápoles a Sorrento pela estrada "nacional", que de vez em quando tinha obras pelo caminho, e portanto fez-nos demorar apenas 3 horas. Sim, 3 horas para 55km. Adiante.

Passamos por Pompei, vimos uma zona de pesca mas como nada parecia muito bonito nem sequer parámos.

Chegámos a Sorrento e tentamos parar o carro. Antes disso ainda parámos num miradouro que dava para a Costa. A vista era linda linda!! Não há explicação para as paisagens em Sorrento. São demais! 

Demais é também o trânsito, os poucos lugares de estacionamento e o preço dos parques que existem.

Todos os locais são pagos e muito bem pagos. Na rua é mais barato que nos parques cobertos mas mesmo assim é caríssimo. 2 a 3€ por hora, 26 a 30€ por dia... Um absurdo! Pusemos num parque coberto que os outros estavam todos ocupados, e fomos dar uma volta pela cidade.

Tem ruas muito bonitas, cheias de lojas de roupa italiana, lojas de sourvenirs, gelatarias e pizzarias. 90% das lojas são estas. 

Fomos fazer o check in ao hotel, que por acaso nos apareceu à frente (literalmente), e depois almoçar a um restaurante com lasanha vegana, que foi exatamente o que comi, hambúrguer vegano e mais umas coisinhas. Mas também tinha pizzas e outros pratos não vegetarianos ou veganos, por isso dava para toda a gente.  

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Ele pediu uma pizza e uma coca-cola zero que deu para ambos e eu lá fui para a lasanha de beringela que não era bem o que pensava, mas que no entanto estava boa. O almoço ficou a 20€ no Frankie's pizza bar.

Voltámos ao centro que era na avenida perpendicular ao restaurante onde estávamos, para ir buscar o carro e procurar uma praia. Este segundo dia acho vai parecer muito curto, ou que não fizemos nada de especial. Perdemos imenso tempo no trânsito, a procurar estacionamento, a tentar estacionar e perceber as zonas que eram para moradores e as proibidas e etc, e portanto não tivemos tanto tempo como gostaríamos para passear ou fazer outro tipo de coisas. 

Por volta das 16h encontrámos uma praia e estacionamos beeeem longe. Fomos até lá e.. que paraíso!! A praia não é praia como as nossas. Não tem areia, não tem muito espaço para colocar a toalha, o que tem é em cima das pedras ou sobre a terra preta que há no chão, e a praia é aquilo, um bocado de terra ou pedregulhos em frente ao mar.

Masss isso não faz diferença alguma quando olhamos para a frente, para os lados, para cima... QUE PAISAGENS! QUE BONITO! Não há descrição! É mesmo mesmo bonito! É uma sensação de calma, tranquilidade e paz que não se explica. Vale realmente a pena.

Bem, vou parar com isto que acho que já deu para perceber.

Demos muitos mergulhos na água mais quente e salgada onde já estive. O chão no mar é mesmo só pedras, por isso é preciso bastante cuidado. Ainda cortei um dedo, fui com o joelho contra uma rocha já dentro de água, e ainda bati com os dois mindinhos várias vezes em pedras que estavam na água.

Tudo porque as tais rochas estão cheias de algas ou outra coisa qualquer viscosa, que me fazia imensa impressão. Então tocar lá com os pés era o tipo a coisa que menos queria fazer naquele momento. E como havia pedras muito grandes, a probabilidade de bater nelas ainda era elevada, caso não lhes quiséssemos tocar demasiado.

Depois disso fomos ao hotel, um quarto pequeno, com poucas fichas elétricas para carregar coisas, muito quente, mas com ar condicionado, e uma vista para as estradas que davam para o centro e para os montes que ladeiam Sorrento.

O hotel escolhido foi o Tirrenia. Com pequeno-almoço incluído, sem parque de estacionamento, e muito bem localizado, a 650m do centro, onde fomos jantar neste dia, custou cerca de 92€ para uma noite, e foi o mais caro de todos!

O jantar foi no Fauno Bar, mesmo no centro, com muitas alternativas vegetarianas, veganas e sem glúten, para além de todos os pratos típicos de Itália. Uma penne com molho de tomate e soja para mim e uma omelete com batatas fritas para ele. Gostei do meu.

A massa estava al dente, a quantidade era boa, a apresentação também, mas o molho de soja era pouquíssimo. Era mais massa com massa... O homem também gostou maaaas claro que gostou mais do meu. Não entendi a escolha dele mas adiante (ah ah ah).

Depois de jantar ainda descemos até ao porto, para ver se havia bilhetes de barco à venda para irmos para Capri no dia seguinte. Não havia porque já era tarde, mas estávamos no sítio certo, e era isso que temia que não acontecesse. Ainda deu para babar um pouco com a vista, cheia de luzes dos hotéis e restaurantes que dão um ar muito querido à Costa. Este fica toda iluminada à noite, como é normal, mas só estando na zona de baixo se percebe como fica bonita.

Os bilhetes de Sorrento para Capri de barco variam de preço consoante a agência e se é ferry ou barco privado. E o ideal é comprar o bilhete com antecedência coisa que não fizemos, mas sobre isso falo no próximo dia.

Esta viagem foi planeada ao mínimo. Para além dos voos de ida e volta e dos hotéis, pensamos a viagem por alto mas não ficou totalmente estipulada em termos do que visitar, onde comer, o que fazer, e tudo mais.

Escolhemos os dias em que íamos a cada cidade e mais nada. Depois foi tudo meio que visto na hora.

Perguntaram-me como eram os preços dos supermercados. Lembro-me que só fomos 4 ou 5 vezes a supermercados e quase sempre para comprar águas, frutos secos ou bolachas. Os preços eram mais ou menos como aqui. Um pouco mais caro mas quase igual. As águas achei muito caras, 1,5l custava quase sempre 1 ou 1,5€, mas as bolachas por exemplo eram tipo cá. Comprei pacotes a 1€ em certas zonas mas também comprei a 1,4€, as mesmas bolachas, noutra região. Tudo depende da vila/cidade e também da localização dos supermercados. Quanto mais central e mais "acessíveis" mais caros são. 

Depois de voltarmos a subir a encosta fomos pelas ruelas pequeninas da cidade até ao hotel onde escrevi logo este artigo para não me esquecer de nada. Será que amanhã vamos (fomos) a Capri? Será que mudámos de ideias? Tens mesmo de continuar a ler para saber.

Deixo-te ainda o vídeo dos dois primeiros dias abaixo.