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GO CAROL

BEM-ESTAR, FITNESS, COZINHA OVOLACTOVEGETARIANA, BEBÉS E A MINHA VIDA NO GERAL (E ÀS VEZES NO PARTICULAR)

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Sab | 21.05.22

O Meu Parto

A miúda tem 4 meses mas só agora tive disponibilidade de tempo para poder escrever este artigo que acredito que vá ser bastante longo. Puxa uma cadeira e senta-te que vou-te contar tudo!

 

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Começando pelo início. Dia 17 de Janeiro de 2022 tinha uma consulta de rotina no Hospital de Viana. Como referi há cerca de um mês num outro artigo, o "Porque Parei de Treinar no Final da Gravidez?", andava a ser seguida duas vezes por semana no início do mês de Janeiro e semanalmente antes da última semana, que acabou por ser aquela em que a Benedita nasceu. Isto porque em Dezembro, numa também consulta de rotina mas como a minha médica, houve suspeita de que estava com pouco líquido amniótico. Para quem não sabe, ou já não se recorda das aulas de ciências, o líquido amniótico é uma espécie de piscina onde o bebé se encontra, e que é essencial para que este se desenvolva e sobreviva. Sem líquido amniótico é quase como se ficasse sem oxigénio. Portanto, como havia esta indicação por parte da médica, comecei a ter consultas todas as semanas com ela no privado. 

Ao longo das consultas líquido foi-se alterando, como é normal. Basta a grávida não fazer xixi beber mais água ou estar de estômago cheio, para a quantidade de líquido já ser diferente. Apesar de líquido variar, não variava para mais, variável para menos, ou seja, em cada consulta os cálculos indicavam que tinha bolsas cada vez mais pequenas. Foi então que resolvi parar de treinar e beber mais água, toda a que conseguisse, que grávida é um grande desafio, pelo menos para mim. Sentia-me muito cheia facilmente, e por isso, beber água ou comer o que fosse, era um sacrifício. Mas pelo nosso bebé tudo, não é verdade? Dia 23 de Dezembro foi o meu último treino e até 11 de Fevereiro nada fiz. 

Mas voltando às consultas, a partir de 1 de Janeiro comecei a fazer consultas no hospital de Viana e dois CTGS por semana. O que me era indicado era que que bebé estava ótima mas não era muito grande, daí eu ter começado a comer e parar de treinar também, já que a data prevista para o seu nascimento era a 26 de Janeiro, e eu estava a tentar de tudo para que não saísse antes.

 

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Ora então, lá fui eu duas vezes por semana a conduzir para o Hospital de Viana, já de nove meses, e sempre convicta que nunca seria para ficar no hospital, tanto que nem sempre levei alguém comigo e as malas muito menos. Não recomendo fazerem isto se estiverem na mesma situação porque podem ter de ficar no hospital e é chato se viverem a 30km e alguém tiver de andar a correr a ir buscar o que deviam ter levado. Malas e baby coque no carro é sempre a melhor solução.

Durante essas consultas o que me foi sempre dito era sempre o mesmo: "que não tinha nenhuma piscina mas que se assim continuasse a bebé estava bem e poderia aguentar até às 40 semanas", no entanto também poderia nascer antes se o líquido diminuísse muito, já que estava no limite inferior. Já nas consultas de Dezembro o que a médica me disse foi que se continuasse assim teria a bebé antes do tempo, possivelmente no início de Janeiro.

A 17 de Janeiro fui a uma consulta com a minha médica e fez-me o toque vaginal para saber quantos dedos de dilatação tinha. Eram dois. Tinha dois dedos e já os tinha há uma semana quando outra médica fez o mesmo. Ainda não sei se fosse agora deixaria fazer o toque ou não. Creio que este toque foi sim uma deslocação de membranas, de que tanto se fala mas que até à data não conhecia. É basicamente uma forma de fazer com que o bebé nasça mais rápido, e que foi o que aconteceu. No momento fiquei cheia de dores, tantas que enquanto a médica o fazia eu já estava a dizer que estava a doer. 

Fui para casa, dessa vez a minha mãe tinha ido comigo com medo que fosse para ficar, já que se aproximava a data prevista do parto, e quando cheguei, perto das 17h, estava com tantas dores nos rins que disse à minha mãe que tinha de tomar alguma coisa, um benuron ou assim, porque os rins estavam-me a deixar muito desconfortável. A minha mãe ainda perguntou se não estaria a entrar em trabalho de parto e eu, inocente, disse que não, que tinha sido do toque. Toque esse que já tinha feito anteriormente por outra médica e me tinha deixado com dores, e também pela minha uns meses antes, e a reação havia sido a mesma.

Passei então o resto da tarde no quarto deitada na cama para ver se a coisa passava. Mas não passou, e estava a piorar. Já tinha tido contrações de treino, de forma mais intensa, talvez desde o oitavo mês, e em Janeiro estavam cada vez mais recorrentes. Para quem não sabe também, as contrações de treino são contrações em que se sente a barriga toda a contrair, muito tensa, sem uma frequência e que servem para nos preparar para as reais contrações, aquelas que indicam que o bebé vai nascer.

 

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Essa tarde foi passada também com muitas contrações. Mais uma vez não liguei muito porque já as tinha tido (e tinha) todos os dias daquele mês. Era uma coisa habitual já. Por volta das 19h mandei mensagem ao meu namorado a dizer que estava com muitas dores por causa do toque. Disse-lhe que nem me apetecia jantar, que só queria dormir, mas que não conseguia. 

 

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Estas foram das poucas fotografias que tirei essa tarde depois de chegar a casa e ainda estive a colocar coisas na mala e mudar outras de sítio, mesmo cheia de dores. Achei que poderia ser precisa antes de tempo então resolvi faze-lo logo

 

Eram cerca das 8:15/8h30 quando fomos jantar. Fui à gaveta dos comprimidos e disse que tinha mesmo de ser. Ainda meio que me chateei com a minha mãe. Disse que não me havia "deixado" tomar o benuron quando queria e que já podia estar bem e agora estava mal e tinha de tomar na mesma.

Quase não jantei. Não tinha fome e tinha muitas dores, e contrações mais frequentes que antes. Ainda pensei que podia ser de estar desconfortável e com dores. Sinceramente até aí nunca pensei que a bebé pudesse nascer poucas horas depois. Fui para o quarto antes de toda a gente, porque só me queria deitar. As dores não abrandavam e eu estava muito desconfortável. Eram 21:30h, mais coisa menos coisa, e eu já estava deitada. O meu namorado de vez em quando perguntava se queria que fôssemos ao hospital e eu sempre a dizer que não, que eram dores normais do toque vaginal.

A partir daí foi sempre a piorar...

 

(Continua)