Mais um filme no papo - VII
Fui à ante-estreia um bocadinho reticente. Não sabia bem o que ia encontrar e se de facto ia gostar. Vejo sempre os traileres antes de ver o filme e desta vez não houve expecção. Mas o trailer não me cativou. Achei aborrecido, entediante, chato mesmo. Achei que podia ser giro mas que eu não ia achar nada de especial. Lá fui eu, a medo. Nos primeiros minutos, cinco, dez, pensei "afinal tinha razão, vai ser uma valente seca". Vinte minutos depois a minha ideia era outra. Estava a gostar. Estava a gostar muito! Não queria que o filme acabasse tão cedo. Não me importava que tivesse três horas e meia em vez de uma e tal. Não me importava de ficar no cinema a noite toda. Uma obra de arte. Um filme romântico, com um pouco de drama. Este filme desenrola-se na Irlanda e em Brooklyn, daí o nome ser esse. A história passa-se nos anos 50, dá para perceber pela imagem, pelas roupas, pela forma como as pessoas falam e se relacionam, e começa com Ellis, uma jovem Irlandesa, a emigrar para Nova Iorque, para mudar a sua vida. Lá ela tem um trabalho que o padre lhe arranjou, arranja um namorado, mas um problema familiar leva-a a ter de regressar à Irlanda. O casamento de uma amiga e a insistência da mãe levam-na a adiar o seu regresso a Brooklyn e tudo pode mudar neste espaço de tempo... É uma história verdadeiramente encantadora. A Ellis é encantadora. O seu namorado é encantador. Um oito e meio para este, de zero a dez.