Sex | 17.01.25
Livros que gostava de ler este ano - II
Continuando com a saga de livros que gostava de ler este ano, aqui ficam mais alguns dos que tenho na lista:
Nunca Mais Falamos Disto - We Were Never Here de Andrea Bartz
Kristen e Emily, melhores amigas há mais de uma década, juntam-se para a sua viagem anual, desta vez serão sete noites na América do Sul de mochila às costas, a viver languidamente à base de Sol e espumosos piscos sour verde-lima.
Na última noite da viagem, Emily entra no quarto de hotel e depara com uma cena macabra: o chão está coberto de sangue e de vidros partidos. Kristen diz que o homem com que se envolveu a atacou e que ela não teve outra opção senão matá-lo em legítima defesa.
De volta a casa, Emily tenta enterrar o seu trauma ao focar-se numa nova relação e na sua carreira. Contudo, quando Kristen aparece para uma visita-surpresa, Emily é obrigada a enfrentar o passado violento e a questionar os verdadeiros motivos da sua melhor amiga. Conseguirá Emily ultrapassar os segredos que partilham ou será que estes vão destruir a sua relação, a sua liberdade - e até a sua vida?
Nunca Mais Falamos Disto é um thriller psicológico sobre as dinâmicas de poder numa relação tóxica que vai deixar toda a gente num formigueiro, com momentos de cortar a respiração.
Na última noite da viagem, Emily entra no quarto de hotel e depara com uma cena macabra: o chão está coberto de sangue e de vidros partidos. Kristen diz que o homem com que se envolveu a atacou e que ela não teve outra opção senão matá-lo em legítima defesa.
De volta a casa, Emily tenta enterrar o seu trauma ao focar-se numa nova relação e na sua carreira. Contudo, quando Kristen aparece para uma visita-surpresa, Emily é obrigada a enfrentar o passado violento e a questionar os verdadeiros motivos da sua melhor amiga. Conseguirá Emily ultrapassar os segredos que partilham ou será que estes vão destruir a sua relação, a sua liberdade - e até a sua vida?
Nunca Mais Falamos Disto é um thriller psicológico sobre as dinâmicas de poder numa relação tóxica que vai deixar toda a gente num formigueiro, com momentos de cortar a respiração.
O Fim de Onde Partimos de Megan Hunter
«O continente está a arder, dizem em muitas palavras. Depois das cheias, o fogo. Estou a perder a história. Estou a esquecer.»
Enquanto Londres é submersa por cheias fruto de uma misteriosa crise ambiental, uma mulher dá à luz o seu primeiro filho, Z.
Dias mais tarde, a família vê-se forçada a abandonar a sua casa, de modo a manter-se em segurança.
De sítio para sítio, de abrigo em abrigo, a sua jornada é carregada de medo e esperança, à medida que as pequenas mãos de Z conhecem o mundo que ele vê pela primeira vez, crescendo e esticando-se alegremente contra todas as expetativas.
Num mundo familiar que se tornou perigoso e instável, forçando as pessoas que nele vivem a tornarem-se refugiadas, esta é a história de uma nova maternidade, no centro de um cenário tenebroso: um futuro imaginado tão realista quanto assustador.
E, ainda assim, enquanto o país em seu redor começa a ruir, o mundo desta família — um mundo vivo, cheio de esperança reanimada— canta, pleno de amor.
Enquanto Londres é submersa por cheias fruto de uma misteriosa crise ambiental, uma mulher dá à luz o seu primeiro filho, Z.
Dias mais tarde, a família vê-se forçada a abandonar a sua casa, de modo a manter-se em segurança.
De sítio para sítio, de abrigo em abrigo, a sua jornada é carregada de medo e esperança, à medida que as pequenas mãos de Z conhecem o mundo que ele vê pela primeira vez, crescendo e esticando-se alegremente contra todas as expetativas.
Num mundo familiar que se tornou perigoso e instável, forçando as pessoas que nele vivem a tornarem-se refugiadas, esta é a história de uma nova maternidade, no centro de um cenário tenebroso: um futuro imaginado tão realista quanto assustador.
E, ainda assim, enquanto o país em seu redor começa a ruir, o mundo desta família — um mundo vivo, cheio de esperança reanimada— canta, pleno de amor.
Vista Chinesa de Tatiana Salem Levy
Autora multipremiada, vencedora do Prémio São Paulo de Literatura, do English Pen Award e finalista do prémio Jabuti
Antes de uma reunião de trabalho, Júlia sai de tarde para correr e, enquanto sobe o trajeto para a Vista Chinesa, o famoso miradouro no parque natural da Tijuca, em plena cidade do Rio de Janeiro, desligada do mundo e de headphones nos ouvidos, um homem de mãos enluvadas surge repentinamente, encosta uma pistola na cabeça dela e arrasta-a para o meio da mata. Júlia é violada. Sobrevive. Anos depois, já mãe, recorda o horror vivido e as sequelas daquela terça-feira de 2014 — a dor, a raiva, o medo de acusar um inocente e a força redentora da vida que continua.
«A partir do momento em que começamos a ler, já não é possível parar. Uma poderosa celebração da vida. Pode pedir-se mais da literatura?» — José Eduardo Agualusa Relato de uma história real de violação, Vista Chinesa é um romance perturbador, corajoso e necessário, que reflete sobre a violência ancestral contra a mulher e a transforma em grande literatura. Um livro que incomoda, de rara qualidade literária, e que foi recebido de forma entusiástica pela crítica.
Antes de uma reunião de trabalho, Júlia sai de tarde para correr e, enquanto sobe o trajeto para a Vista Chinesa, o famoso miradouro no parque natural da Tijuca, em plena cidade do Rio de Janeiro, desligada do mundo e de headphones nos ouvidos, um homem de mãos enluvadas surge repentinamente, encosta uma pistola na cabeça dela e arrasta-a para o meio da mata. Júlia é violada. Sobrevive. Anos depois, já mãe, recorda o horror vivido e as sequelas daquela terça-feira de 2014 — a dor, a raiva, o medo de acusar um inocente e a força redentora da vida que continua.
«A partir do momento em que começamos a ler, já não é possível parar. Uma poderosa celebração da vida. Pode pedir-se mais da literatura?» — José Eduardo Agualusa Relato de uma história real de violação, Vista Chinesa é um romance perturbador, corajoso e necessário, que reflete sobre a violência ancestral contra a mulher e a transforma em grande literatura. Um livro que incomoda, de rara qualidade literária, e que foi recebido de forma entusiástica pela crítica.
Melhor Não Contar de Tatiana Salem Levy
Tatiana, a autora e narradora deste livro, decide enfrentar os seus demónios interiores, expondo os episódios que a marcaram enquanto filha, irmã, amante e mulher. Da relação com a mãe e choque pela sua morte prematura, ao terrível segredo sobre o padrasto, do trauma de uma interrupção voluntária da gravidez à profunda solidão provocada por todos estes acontecimentos, nada fica por contar.
Um relato da intimidade tornado literatura através de uma escrita visceral e consciente de si mesma que transforma a experiência pessoal em coletiva e prende o leitor à página, ansiando, na melhor tradição do romance, pelo desfecho da narrativa.
Um relato da intimidade tornado literatura através de uma escrita visceral e consciente de si mesma que transforma a experiência pessoal em coletiva e prende o leitor à página, ansiando, na melhor tradição do romance, pelo desfecho da narrativa.
Não Fossem as Sílabas do Sábado de Mariana Salomão Carrara
«Mas é importante para as tragédias que elas sejam descobertas imediatamente, porque cada segundo que elas passam ocultas vira um ano a mais de luto, isso é um capricho que as desgraças têm.»
Meticulosamente burilado a partir do desamparo de uma mulher cujo futuro é interrompido pela morte inesperada do seu companheiro e pelo nascimento de uma filha que terá de criar sozinha, este romance coloca o leitor à janela do luto e diante de um recomeço: Ana perde André, Madalena perde Miguel, Catarina nasce. Uma só tragédia põe fim a histórias que não chegaram a ser traçadas e une para sempre as mulheres que lhe sobreviveram. No ringue onde elas foram lançadas, assistimos a um duro e terno embate de solidões, numa narrativa íntima, que assombra pela lucidez e comove pela universalidade.
Magistral e afinadíssimo — ainda que o tempo se deixe baralhar pelos hiatos e memórias, pelo que nunca chega a acontecer e pelo que nunca deveria ter acontecido —, Não fossem as sílabas do sábado consagra Mariana Salomão Carrara como uma das vozes mais singulares da literatura em língua portuguesa. Assenta num enredo mínimo e alcança uma proeza máxima — a de colocar a literatura ao serviço da intimidade, transportando ambas para um lugar que todos os leitores reconhecem.
Um romance lugubremente luminoso, que nos fala ao ouvido.
Meticulosamente burilado a partir do desamparo de uma mulher cujo futuro é interrompido pela morte inesperada do seu companheiro e pelo nascimento de uma filha que terá de criar sozinha, este romance coloca o leitor à janela do luto e diante de um recomeço: Ana perde André, Madalena perde Miguel, Catarina nasce. Uma só tragédia põe fim a histórias que não chegaram a ser traçadas e une para sempre as mulheres que lhe sobreviveram. No ringue onde elas foram lançadas, assistimos a um duro e terno embate de solidões, numa narrativa íntima, que assombra pela lucidez e comove pela universalidade.
Magistral e afinadíssimo — ainda que o tempo se deixe baralhar pelos hiatos e memórias, pelo que nunca chega a acontecer e pelo que nunca deveria ter acontecido —, Não fossem as sílabas do sábado consagra Mariana Salomão Carrara como uma das vozes mais singulares da literatura em língua portuguesa. Assenta num enredo mínimo e alcança uma proeza máxima — a de colocar a literatura ao serviço da intimidade, transportando ambas para um lugar que todos os leitores reconhecem.
Um romance lugubremente luminoso, que nos fala ao ouvido.
Deriva de Madalena Sá Fernandes
Das saudosas férias em família à dormida penosa numa cama com percevejos; da aprendizagem lenta da solidão ao ódio às festas de casamento que mais parecem carnavais; do martírio da insónia às árduas negociações entre mãe e filhas; da navegação cega pelas redes sociais ao poder conciliatório da literatura; da redescoberta da terapia ao reencontro com um primeiro amor: Deriva deambula por assuntos tão diversos e inesperados quanto o ângulo espirituoso ou afiado que Madalena Sá Fernandes escolhe para os abordar.
Um livro que confirma a desenvoltura literária de uma escritora que, olhando para si mesma e para o que a rodeia, devolve a cada leitor uma espécie de reflexo no espelho.
Um livro que confirma a desenvoltura literária de uma escritora que, olhando para si mesma e para o que a rodeia, devolve a cada leitor uma espécie de reflexo no espelho.
Mulheres Invisíveis - Como os dados configuram o mundo feito para os homens de Caroline Criado Perez
Imagine um mundo onde os telemóveis são demasiado grandes para as suas mãos. Onde os médicos prescrevem medicamentos errados para o seu corpo. Onde, num acidente de automóvel, tem mais 47% de probabilidade de sofrer ferimentos graves. Onde, em cada semana, as suas incontáveis horas de trabalho não são reconhecidas nem valorizadas. Se isto lhe parece familiar, há grandes hipóteses de ser uma mulher.
Mulheres Invisíveis mostra-nos como um mundo largamente construído por e para homens ignora sistematicamente metade da população. Estas páginas expõem o preconceito de género que está na raiz da discriminação que afeta diariamente a vida das mulheres.
Mulheres Invisíveis mostra-nos como um mundo largamente construído por e para homens ignora sistematicamente metade da população. Estas páginas expõem o preconceito de género que está na raiz da discriminação que afeta diariamente a vida das mulheres.
O que achaste? Já leste algum? Recomendas? Gostava muito de saber, por isso, se puderes, partilha connosco.