5 livros sobre o Holocausto
Há muitos livros acerca da história do Holocausto. Histórias verídicas contada por quem passou pela Guerra Fria, histórias criadas tendo por base o que aconteceu, histórias sobre a pessoa que estava à frente de tudo isto,... Há tanto e tanto para ler que seria impossível falar acerca de tudo, portanto seleccionei 5 livros que têm a ver com o Holocausto. Caso seja um tema de interesse vê abaixo os livros e respetivas sinopses.
Auschwitz, Um Dia de Cada Vez de Esther Mucznik
«Um companheiro de Auschwitz pergunta a Primo Levi por que motivo já não se preocupa com a higiene. Ele responde simplesmente: "Para quê, se daqui a meia hora estarei de novo a trabalhar com sacos de carvão?" É desse companheiro que recebe a primeira e talvez principal lição de sobrevivência: "Lavarmo-nos é reagir, é não deixar que nos reduzam a animais; é lutar para viver, para poder contar, para testemunhar; é manter a última faculdade do ser humano: a faculdade de negar o nosso consentimento".»
A capacidade de sobrevivência do ser humano é notável e, por mais terrível que fosse a existência em Auschwitz, todos os dias se lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo do mal absoluto preconizado pelo nazismo. Foi ali que judeus e ciganos serviram de cobaias às diabólicas experiências médicas, que acima de um milhão de seres humanos foram gaseados e que mais de 200 mil homens, mulheres e crianças morreram de fome, frio e doença, de exaustão e brutalidade, ou simplesmente de solidão e desesperança. No entanto muitos presos resistiam à total desumanização esforçando-se por manter alguma dignidade. Cuidar da higiene, ler, escrever, desenhar, ajudar alguém a sobreviver ou até a morrer eram actos que atribuíam condição humana a quem parecia ter desistido de viver. Esther Mucznik, autora dos livros Grácia Nasi e Portugueses no Holocausto, dá-nos a conhecer o dia-a-dia de Auschwitz através das vozes daqueles que ali acabaram por perecer e dos seus carrascos, do insuportável silêncio das crianças massacradas, das mulheres e homens violentados em bárbaras experiências médicas, mas também através dos relatos daqueles que sobreviveram para contar e manter viva a memória do horror da máquina de morte nazi. Para que ninguém possa alguma vez esquecer.
Novembro de 1989, o Mundo assistiu a um dos acontecimentos históricos mais importantes da era contemporânea: a Queda do Muro de Berlim. Um retrato rigoroso sobre estes eventos que marcaram para sempre o destino da Alemanha, da Europa e do Mundo, ao abrir um futuro incerto, mas esperançoso, o de um cenário radicalmente distinto da Guerra Fria, em que os atores teriam de reconsiderar os respetivos papéis.
As Crianças de Hitler de Ingrid Von Oelhafen e Tim Tate
As Crianças de Hitler Uma história verídica sobre o Programa Lebensborn Criado por Heinrich Himmler, o Programa Lebensborn raptou cerca de meio milhão de crianças por toda a Europa. Após um processo chamado Germanização, esta tornar-se-ia a próxima geração da raça ariana a dominar a segunda fase da Solução Final. No verão de 1942, pais por toda a Jugoslávia ocupada pelos nazis foram obrigados a submeter os seus filhos a exames médicos concebidos para avaliar a pureza racial. Uma dessas crianças, Erika Matko, tinha 9 meses de idade quando os médicos nazis a declararam apta para se tornar numa «Criança de Hitler». Levada para a Alemanha e entregue a pais de acolhimento aprovados politicamente, Erika foi rebatizada Ingrid von Oelhafen.
Muitos anos mais tarde, Ingrid começou a desvendar a verdade sobre a sua identidade. Apesar dos nazis terem destruído muitos dos registos de Lebensborn, Ingrid trouxe à luz documentos raros, incluindo testemunhos de um dos julgamentos de Nuremberga sobre o seu próprio rapto. Seguindo as provas até ao seu local de nascimento, Ingrid descobriu um segredo ainda mais chocante: uma mulher chamada Erika Matko, que em criança fora confiada à mãe de Ingrid em substituição da filha perdida. «As Crianças de Hitler» é um testemunho pessoal perturbador e uma investigação avassaladora sobre os crimes horríveis e o alcance monstruoso do Programa Lebensborn.
Clara - A Menina Que Sobreviveu ao Holocausto de Clara Kramer
Tínhamos os corações partidos. Era o fim. O fim do mundo. Estas palavras foram escritas por Clara Kramer quando tinha 15 anos, e nelas está contida a agonia de um povo.
No dia 21 de julho de 1942, os Nazis conquistam a cidade polaca de Zolkiew e dão início à deportação e massacre de milhares de judeus. Clara e a sua família conseguem esconder-se num bunker apressadamente escavado à mão. A viver por cima deles e a protegê-los está a família Beck. Embora se diga antissemita, o Sr. Beck arrisca diariamente a vida pelas pessoas que acolheu. É um dos rostos secretos da resistência à barbárie.
No bunker, as condições de vida são inumanas, os relatos da morte de familiares e amigos são diários, o terror é constante. Mas os laços de amor e solidariedade que se estabelecem entre todos dão conta da grandeza que faz pulsar o coração humano. Clara escreve para sobreviver, para testemunhar, para se impedir de esquecer que a vida é, acima de tudo, um milagre.
Dos cinco mil judeus que habitavam Zolkiew antes da guerra, sobreviveram menos de sessenta.
Uma história tão tocante quanto O Diário de Anne Frank e A Lista de Schindler. É assim que a imprensa internacional define este livro baseado na vida extraordinária de Clara Kramer. O seu diário está exposto no Museu Memorial do Holocausto, em Washington. O bunker ainda existe.
História verídica de um amor em tempo de guerra!
Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.
Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver - gravando uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele - com uma tinta indelével. Era assim o processo de criação daquele que veio a tornar -se um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.
À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.
Um romance baseado em entrevistas que Heather Morris fez ao longo de diversos anos a Ludwig (Lale) Sokolov, vítima do Holocausto e tatuador em Auschwitz-Birkenau. Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração, que agradará a um vasto universo de leitores, em especial aos que leram A Lista de Schindler e O Rapaz do Pijama às Riscas, e que nos mostra de forma pungente e emocionante como o melhor da natureza humana se revela por vezes nas mais terríveis circunstâncias.