Gravidez: O pior do terceiro trimestre
Depois de falar do que menos gostei no primeiro e segundo trimestre é momento de falar do terceiro e últimos meses de gravidez. Porque nem tudo é o mar de rosas que se pinta, aqui falo da realidade vivida do sétimo ao nono mês de gravidez.
-As dores de lombar a partir das 33 semanas fizeram parte do terceiro trimestre e foram-me acompanhando até ao final.
- A pele da barriga a esticar é das coisas mais desconfortáveis que já senti!!
- Ter de parar de fazer exercício a partir das 35 semanas, tentar repousar mais, gastar menos energia e sobretudo ter de comer substancialmente mais e beber o triplo ou quadruplo da água que bebia foi um grande desafio (e um pesadelo também). Isto porque numa consulta às 35 semana a bebé não tinha aumentado grande coisa desde a consulta no final das 33, e, além disso, estava a perder líquido amniótico (que para quem não sabe é mais ou menos a mesma coisa que a água para um peixe num aquário). Fiz tudo que podia mesmo que a médica nunca tenha dito que devia parar de treinar ou comer mais e beber mais água.
Pelo contrário. Até me disse que não era preciso beber mais do que estava a beber que provavelmente seria do meu organismo e não da quantidade bebida (até porque até aí esteve sempre tudo bem, a bebé esteve sempre acima do peso para as semanas que tinha, o líquido nunca foi questão e nunca houve necessidade de mudar nada).
- As dores de pernas por causa dos derrames voltaram em força porque fiquei sem fisioterapia. Esgotei as 40 sessões que a credencial me permitia fazer anualmente e tive mesmo de recorrer a daflon para ajudar a aliviar. A meio do mês de Dezembro tive uma consulta no hospital, uma espécie de junta médica, e consegui renovação da credencial. Já deu para melhorar um bocadinho o meu mês.
- Azia. Uma coisa que tive 3 ou 4 vezes em 29 anos no último trimestre de gravidez, principalmente a partir das 33 semanas, foi muito recorrente. Se comia molho de tomate e levedura nutricional era certinho. Mas havia outras coisas que me deixavam assim, no entanto não conseguia identificar porque fazia e faço muitas misturas no prato...
- Às 35 semanas parei de fazer exercício e tive de começar a comer mais. Um contrassenso para mim que estava habituada a comer pouco ou nada de manhã e que metade da minha fome vinha do exercício. A primeira semana foi muito difícil. Estava sempre enfartada e com comida até ao nariz. Só pensava que no final de Janeiro haveria de andar a sopas para desenjoar das torres de panquecas de 800 calorias que comia uma a duas vezes por dia.
Isto porque a miúda se lembrou de no final da gravidez deixar de aumentar tanto o peso, coisa que eu não queria, como é evidente. Então lá tive de fazer isto. O que uma mãe faz por uma filha...
- Super desconfortável foi o ardor que comecei a sentir sempre que comia por volta das 33/34 semanas ali na zona das costelas. Não sei se já sentiste mas é super chato.
- E levantar-me da cama sempre que precisava de ir à casa de banho durante a noite?? O maior filme. Sempre de lado, nunca de frente, primeiro porque não dava jeito nenhum, depois para não aumentar a diástase abdominal.
- Além de tudo isto o covid estava outra vez a piorar então passei ainda mais tempo em casa do que o habitual. Se antes ainda saia para o ginásio depois das 33 semanas nem isso. Havia comprado uma bicicleta e tudo e comecei a treinar mais em casa para nos proteger. Mas ficar tanto tempo em casa era super cansativo...
E para ti? O que foi o pior do terceiro trimestre??