Três. São três senhores, as novas chávenas que toda a gente quer. Branca, vermelha e preta vão dar vida às nossas cozinhas e escritórios e alterar por completo a experiência de tomar um café. Acabou-se a chávena branca que tem "Delta" desenhado.
Podes escolher a cor que quiseres e até dar uma ar mais giro às fotografias que tiras para o Instagram.
Cada chávena custa 4,99€ mas já sabes que tens 49 cêntimos de desconto imediato, ou seja, os 10% de sempre, com o código FFFF-10 que podes usar sem limites.
Apesar de ter adorado todas acho que vou comprar já uma preta. Qual a tua favorita?
O avião aterrou às 21:40 como planeado. Saímos do mesmo, andamos I M E N S O até conseguirmos sair do aeroporto e depois achamos que era só apanhar um autocarro e já estava. Quando saímos do aeroporto estava o A3 parado. No Google Maps dizia-me que tinha de ser o 210. Esperamos até que aparecesse. Como nunca mais vinha resolvi perguntar a um condutor de autocarros que saiu de um nesse momento. Disse-nos que era preciso comprar bilhete nas máquinas de selfservice do aeroporto.
Lá voltamos a ir para dentro e tentar perceber para onde queríamos ir. As máquinas só tinham três opções e a mais central era a Victoria Station. 20£ mais leves, voltamos para fora. Deviam estar uns 5 graus. Um frio que cortava. Esperamos mais 15 minutos e lá chegou um... A3. Antes desse já tínhamos perdido outro com o mesmo destino, o tal a quem pedi informações, porque tivemos de comprar bilhete. Esta brincadeira demorou-nos 1 hora.
Apanhámos o tal para a Victoria Station que demorou nada mais nada menos do que 1hora e 20 minutos. Uma grande seca das 22:45 às 00:05h! Depois disso ainda tínhamos de apanhar um autocarro que parava (apenas) 24 vezes e demorava 31 minutos, até ao Airbnb.
Durante a primeira viagem de autocarro que não parecia ter fim, falei com o responsável do Airbnb que me dizia que não estaria lá para nos receber nem o companheiro de quarto dele, algo que havia dito à tarde, mas que tinha posto a chave por baixo de uma carpete... E que não tinha posto toalhas porque se tinha... esquecido... De referir ainda que no dia anterior à viagem tinha visto que me enviara uma mensagem dois dias antes dizendo que se tinha confundido com as datas e esquecido completamente que tinha a tal reserva e que ia haver uma festa lá em casa. Que se quiséssemos um local para descansar talvez não fosse o sítio mais adequado... Bem já dá para imaginar o que me estava a irritar não?
Mas foi pior que isso. Depois por volta das 22:50h disse-me por Whatsapp que se havia esquecido das toalhas e que não iríamos ter. Nesse momento apetecia-me cancelar imediatamente a reserva. Já não era assim tão cedo quanto isso, e já tinha tudo programado para ficarmos lá, portanto estive só meia hora a pedir a porcaria das toalhas e o tipo a dizer que não dava, que se tinha esquecido, que agora só amanhã, que sei lá o quê. Nestas primeiras horas não haverá nada acerca do que vi em Londres, porque na verdade pouco vi. Era noite, estava muito frio, choveu em determinados momentos, e já estávamos muito cansados. Conclusão não vimos nada. Mas já continuo a explicar o que aconteceu das 21:50h às 3:20h. Colocarei algumas fotografias pelo caminho, senão tornava-se muito aborrecido, mas nos próximo dois artigos explicarei melhor por onde andei.
O tal Jens do Airbnb voltou a falar comigo, estava eu na viagem de autocarro para a Victoria Station. A viagem demoraria 1:15h e portanto chegaria às 00:05h à tal estação. Então o que é que o Jens queria? Queria dizer que afinal não ia estar em casa e que iria colocar a chave de baixo de uma caixa. Fiquei sem saber que caixa seria mas disse que não havia problema. Passado um bocado disse que afinal ia pôr debaixo do tapete. Tudo bem também...
A casa localizava-se na 52 Grange Rd, Bermondsey, London SE1 3BH, UK, e no Airbnb chamava-se "Big, bright room in huge central Townhouse". Abaixo deixo a fotografia que aparecia no site (e que, já agora, não tem muito a ver com a realidade).
Depois de chegarmos à estação Victoria tivemos de apanhar um autocarro para a tal casa. Já passava da 00:40h quando chegou o tal autocarro. Era Sexta-feira à noite e parecia que eram 11h da manhã. Tanto e tanto trânsito, tantas pessoas no centro da cidade... Inacreditável!!
Lá apanhamos o autocarro, caminhamos uns 10 minutos, talvez nem tanto e chagamos à tal casa. A chave estava de fato por baixo do tapete e mal pegamos nela aparece o Jens atrás de nós (QUE SUSTO!!!) naquelas 4 escadas de uma rua mais ou menos mal iluminada.
Ele apareceu e perguntou se éramos nós. Pois, parece que sim... Ficou a olhar para nós sem dizer nada, nós para ele, e por fim eu disse para entrarmos que estava frio e estávamos carregados. Entrámos e lá voltei a falar nas toalhas. Voltou a dizer que não tinha. "Entendo, mas precisamos mesmo de tomar banho". Ele sempre com um sorriso falso que doía respondia e fazia o sorriso amarelo, falava e sorria novamente. Que nervos me estava a fazer!! "Pois mas não consigo as toalhas hoje", "Pois eu já percebi, mas nós não temos culpa disso. Alugamos o quarto que incluía toalhas e por acaso precisamos delas", "Não consigo as toalhas hoje", "Então quando consegue????", "Amanhã", "Mas amanhã a que horas??", "Amanhã lá pras 14h ou 15h", "DUAS OU TRÊS???? Mas nós precisamos das toalhas de manhã para tomar banho!!!", "Então a que horas??", "Às 8h no máximo", "Pois mas não consigo...", "Pois mas eu preciso delas", "Mas não dá". Que ódio! Se o pudesse enfiar num barril e lançar das escadas abaixo era o que fazia. Ele estava a gozar ou quê??? Nunca vi uma pessoa tão falsa e cínica, tão despreocupada, tão má a receber outros. É que nunca tal vi!
Subimos para o quarto e só quando estava lá me apercebi que aquilo era uma grande treta. Não tinha nada a ver com as fotografias, não era do tamanho que aparentava ser, não tinha espelho nenhum como na imagem, a cama estava mal feita, as almofadas amarrotadas, e pareciam ter sido usadas, cheirava tudo mal, havia um balão ao lado da cama, o chão estava cheio de pó, o quarto não tinha chave nem trinco para fechar, ou seja teríamos de dormir de porta aberta e deixar tudo ali durante o dia para quem quisesse mexer, para além de não haver toalhas, exceto uma que estava a secar na casa-de-banho e que, provavelmente, tinha sido usada, e a única ficha do quarto ficava ao lado da janela. Basicamente era isto dentro do quarto.
Ainda fui ver a casa-de-banho sem acreditar no que estava a acontecer. As banheiras estavam sujas, estava tudo um nojo! A tal toalha estava a secar na casa-de-banho e devia ter sido usada. Nem sequer estava dobrada ou algo do género, foi mesmo posta ali a secar. Resolvi ir ao andar de cima, para ver se havia algo melhor, se era tudo assim... Nem queria acreditar no que vi. O quarto de cima tinha uma cama cheia de sangue!! Para mim já chegava. Desci e só aí reparei nas escadas imundas. Sabes quando a alcatifa era branca e está castanha? E quando está suja nos cantos? Era assim em todas elas. O maior nojo de sempre!
Voltei rapidamente para o quarto e comecei a pesquisar hotéis. Já passava da 1:20h da manhã, portanto era Sábado, o que fazia com que fosse impossível fazer reservas para aquele dia, porque aquele dia (Sexta) já era o outro dia (Sábado), e portanto o Booking só permitia fazer reservas a partir do dia seguinte, que na verdade já era o próprio dia. Enfim, uma grande confusão. Inicialmente ainda estava a conseguir ver os hotéis, os locais, as zonas, os quartos disponíveis e os preços, mas depois atualizei a app e deixou de ser possível. Conclusão, nessa Sexta-feira 13, ou Sábado 14 às 01:50h, já não conseguia fazer reservas nenhumas para aquela noite. E agora????
Saímos dalí e fui pelo caminho a ver na internet para onde havíamos de ir. Vi um hotel que supostamente tinha 4 quartos livres há 1h atrás. Apanhamos novamente o autocarro e quando disse ao senhor que não tinha cartão (porque lá é preciso um cartão para andar de autocarro e passá-lo logo à entrada do mesmo) ele disse que então não podíamos ir. Ainda disse que tínhamos chegado agora do aeroporto e que não sabíamos onde se comprava. Ele voltou a dizer que então não podíamos andar. Eu insisti e disse que queria pagar mas que não tinha cartão. Ele voltou a dizer que não. Lá repeti aquilo que havia dito momentos antes de que pagava mas não tinha cartão agora e precisava de ir para o hotel. Já passava das 2 da manhã, mas lá nos deixou entrar.
Antes disso estivemos cerca de 20 minutos à espera do autocarro. Fomos abordados por um tipo que tinha uma deficiência no olho e que nos pedira isqueiro. Dissemos que não tínhamos mas não saía dalí. Já estava a pensar que nos ia assaltar... Lá se foi embora. Na outra paragem de autocarros quando saímos da Victoria Station também um senhor mais velhote que devia estar bêbedo e estava meio coxo, também nos abordou a pedir dinheiro. Nível de medo já nessa altura?? Estava a ficar elevado. Não gosto nada quando me abordam seja para o que for.
Chegámos ao hotel e não havia quarto. Como era possível?? Ainda há pouco havia e agora já não... Enfim, mais uma coisa a correr mal. Passava das 02:20h e o senhor disse-nos para ver nessa rua que havia muitos hotéis. Estava muito muito frio, uma coisa inacreditável. Para além disso estava vento e já tinha chovido. Estávamos cansadíssimos mas não tínhamos alternativa. Lá começamos a percorrer a rua, e de fato havia uns 3 ou 4 de cada lado, todos seguidos. Os hotéis pareciam muito estreitinhos e tinham 3 ou 4 andares. Os edifícios eram antigos para estavam remodelados por fora.
Entrámos num e foi nesse que ficámos. Mas antes disso todo um filme. Então, o senhor disse que tinha quartos depois de verificar o sistema. Eu vira o hotel antes quando estava a fazer a tal pesquisa no Booking e sabia que o quarto era pequeníssimo. 6 metros quadrados para ser mais precisa. Para quem não tem noção do tamanho, é do tamanho de uma cama grande.
Entretanto estávamos em dúvida se ficávamos lá ou não, até porque o senhor disse que o preço era 112 libras para aquela noite (ou 7 horas vá) e que era um bocado caro (sim, ele disse exatamente isso... portanto fiquei desconfiada), e por isso pedi para ver o quarto. Subimos até ao segundo andar e lá vimos o quartito. Era o tal dos 6 metros quadrados. Descemos novamente o senhor disse-nos que se quisséssemos ver outros hotéis que podíamos ir ver. Além disso que não aceitavam ou não estava a funcionar o multibanco, acho que era mais isso, e que o pagamento tinha de ser feito em dinheiro. Os senhores tinham um olhar estranho, faltou dizer isto. Lá fomos ver outros hotéis, até porque tínhamos de ir levantar dinheiro e tínhamos, caso ficássemos efetivamente no hotel.
Tentámos entrar em mais 3 mas as portas estavam todas fechadas. Não me apeteceu estar a tocar e enquanto andávamos ia pesquisando na internet fotografias de cada local, até para perceber se era algo em condições, quais os preços, etc, mas não cheguei a grandes conclusões. Uns eram muito caros, outros eram uma grande porcaria. Fomos levantar dinheiro e voltámos ao hotel. O senhor disse que nos fazia 100 libras afinal, e que ainda ia ver se ficávamos no quarto que nos mostrou ou não. Quando disse isso já estava a pensar "estás a gozar certo??? É que se pensas que me vais mostrar um quarto e meter noutro estás muito bem enganado!!". Até porque se nos mostrou um quarto certamente esse era o melhor, ou não? Para cativar o cliente... Depois lá se lembrou que afinal íamos para outro?? É que nem pensar! Lá nos mandou para o tal. Pagámos, subimos e quando íamos a entrar a chave não dava. Lá voltamos para a receção e dissemos que o cartão não funcionava. Com esta brincadeira já eram 3 e tal da manhã. Conectou o cartão, voltamos para cima e fomos para o quarto. Pelo menos não estava todo sujo. As camas pareciam feitas de novas e não usadas e havia duas toalhas limpas e dobradas bem direitinhas. Parecia um sonho!! Só quando não temos as coisas é que damos valor, certo? Pois bem, que valor que dei aquele petit quarto. Pus o despertador para as 9h, até porque nos disseram que o check out era até às 10h (nunca tal vi um check out tão cedo também...) e fomos dormir.
No dia seguinte às 10:05h já estávamos na rua. Antes de dormir ainda andei a ver hotéis para ser mais simples de manhã, e para sabermos onde devíamos ir pôr as coisas quando acordássemos. E foi precisamente isso que fomos fazer àquela hora. Sempre a pé começamos a percorrer as ruas geladas de Londres. O que aconteceu depois só saberás no próximo artigo da viagem, no dia 1.
