O dia mais fixe até agora! Se eu achava que Sorrento tinha sido bem bom fiquei pasmada com a beleza natural de Capri. A Ilha é maior e mais bela do que pensávamos. Mas vou começar pelo início do dia.
O Hotel onde ficámos foi o Tirrenia, a 500m do centro, como havia dito no artigo anterior. Começámos o dia com o pequeno-almoço às 8:20h, depois de desligar o despertador das 7h e adormecer quase uma hora. Tinha dormido 5 horas e pouco na noite anterior, porque estive até quase às 2 da manhã a escrever o artigo de Sorrento, para não me esquecer de nenhum pormenor importante. Então quando acordei estava super cansada!
Para mim havia fruta e café com bebida vegetal, mas para ele havia diversos bolos, ovos, queijos entre outras coisas. Comemos em 10 minutos até porque queríamos ir ao Porto de Sorrento comprar bilhete para a ilha de Capri.
Ainda tínhamos de voltar ao quarto, arrumar tudo, levar as coisas para o carro (rezar para ele ainda lá estar depois de várias horas sem ticket de parquímetro), ir levantar dinheiro que aconteceu depois e que não estava nos planos, porque percebemos que não tínhamos nem 1€ para colocar no parquímetro, comprar uns óculos de mergulho, porque as águas são super salgadas como já disse e queríamos nadar e ver o que andávamos a pisar (até para não magoar os pés é boa ideia), e depois sim chegar ao local para comprar bilhetes de ferry e ir para a ilha. Foi isto que fizemos das 8:20h às 9:40h. Apesar de ser tudo relativamente perto de nós ainda andámos uns bons 3km durante este período de tempo. O calor já era muito àquela hora, cerca de 26 graus que nos faziam derreter (literalmente).
O ferry partiu às 10:45h e demorou 25 minutos. Era possível comprar a viagem de ida e volta ou apenas de ida e comprar em Capri a volta se assim entendêssemos, no entanto ficava mais barato, e era mais fácil também, comprar as duas viagem logo ali. Por pessoa o valor foi 38€ e qualquer coisa, com a volta o mais tarde que conseguimos, às 17:35h.
Chegámos à ilha, demos uma volta pelo centro e fomos a uma das praias mais perto do porto. Mergulhamos, nadamos, tiramos fotografias, saímos da praia, subimos um pouco da ilha mas rapidamente achamos que seria melhor ir almoçar e alugar uma mota para continuar a conhecer Capri.
A ilha tem muitoooo que andar e é praticamente impossível conhece-la a pé. Ou se está cheio de força e motivação para andar quilómetros e quilómetros a subir e a descer, ou então a coisa não se dá. Nós que não estamos propriamente em má forma desistimos logo da caminhada, porque percebemos que iria ser impossível utilizar as pernocas como meio de transporte para conhecer o máximo em menos tempo.
Então, almoçamos no centro, no restaurante mesmo em frente ao local onde o nosso barco atracou. Os funcionários eram muito "comunicativos" e tinham a escola toda a nível de chatear potenciais clientes. Mas como disseram que faziam uma massa com legumes (que de entre as possibilidades era o que eu queria), acabámos por nos sentar lá. O homem pediu um hambúrguer com batatas fritas e uma cerveja. Perguntaram-lhe se queria pequena ou grande, ao que ele respondeu "grande". Quando a cerveja chegou só nos rimos! O "grande" deles é um pouco diferente do nosso grande. Trouxeram-nos um litro de cerveja! Foi muito engraçado. Pedi para trocar, disse que queríamos uma normal e não aquela. A cerveja pequena veio e tinha 400ml...
A minha massa era deliciosa, as batatas dele também, a cerveja era boa e o hambúrguer devia ser também porque voou em poucos minutos.
Depois disso decidimos pedir a conta para ir alugar a mota o mais rápido possível. Quando chegou a dita cuja nem queríamos acreditar. O aluguer da mota custou 25€ por 2 horas, sendo que para um dia inteiro o valor era de 50€ ou 70€. Perguntaram-me também se aceitavam cartão multibanco na ilha, e sim. Para além de haver caixas ATM onde é possível levantar o dinheiro. Mas atenção que se pagam sempre taxas de quase 4€ por levantamento.
Voltando ao almoço, a cerveja tinha custado 8€ e a minha massa 22€!! 22€ por um prato de esparguete com menos de 100g de legumes. Além disso o hambúrguer e as batatas tinham preços separados, ou seja, cobram pelo hambúrguer e outro valor pelas batatas como se não fossem um prato só. No total foram mais de 50€ nesta brincadeira. O nome do restaurante é MoLo Bar&Bristot, caso vás para aqueles lados e não queiras ser roubado, como nós fomos.
Alugámos a mota, mesmo ali no centro. O senhor era super simpático, falava muito bem um espanhol misturado com brasileiro e com português, mas que se entendia na perfeição. Explicou tudo tão bem que eu até estava a achar que nos ia aldrabar em algum momento. Optámos por 2 horas que era o tempo que tínhamos disponível, até porque às 17:35h o barco partia e já eram 14:30. Portanto até às 16:30h a mota amarelinha foi nossa!
Demos uma volta pelos locais sugeridos pelo senhor, que nos forneceu um mapa onde ele mesmo foi marcando o que devíamos ver, quanto tempo ficar, o preço por hora nos estacionamentos, etc, e chegamos a uma zona chamada Marina Piccola de Capri, onde havia uma pequena praia linda linda linda!! A água era tão clarinha que se viam os peixes, o azul não era azul era quase branco, e em vez de grandes pedregulhos dentro de água havia apenas pequenas pedrinhas que não magoavam os pés e que até sabiam bem.
Se vais a Capri é a melhor sugestão que posso dar. Aluga uma mota ou pede a um taxi para te levar lá. Vais ver que vai compensar a viagem.
Apesar das praias naquela zona serem todas pagas nós fomos descendo e acabamos por não pagar nada, o que foi bom porque depois daquele almoço já tínhamos deixado todo o dinheiro na ilha.
Ficamos na praia 20/30 minutos, não faço ideia, sempre dentro de água. Estava muito calor e aquela água convida mesmo a mergulhar.
Depois disso voltámos para a mota, demos mais uma volta por outra zona da ilha de modo a chegar ao farol e quandolá chegamos já tínhamos de ir embora. Ainda demorámos cerca de 30 minutos desde o centro até lá e como só queríamos duas horas não nos podíamos arriscar a ter de pagar 3 quando também tínhamos de apanhar o barco de volta para Sorrento.
Entregamos a mota, fomos novamente para a praia, andei lá a nadar uns bons 15 minutos e depois fomos comer um gelado enquanto entrávamos no barco e nos acomodávamos. O gelado custou 8€, duas bolas para cada um. Foi o gelado mais caro de sempre, de qualquer modo estava delicioso! O meu era de kiwi e meloa e o dele de kinder e oreo.
Desta vez o ferry era muitíssimo maior e portanto tinha também mais lugares sentados. Como fomos dos primeiros a entrar por obra do acaso, tivemos logo lugar nas cadeiras fofinhas do dito cujo.
Mais 25 minutos, mais 15 até ao carro e quase 1 hora de viagem até Castellammare di Stabia, onde dormimos no terceiro dia.
Ficámos num B&B chamado In Centro B&B e o nome não era enganador. Estávamos muito bem localizados, a cerca de 350 metros de uma praça principal cheia de restaurantes e bares.
O quarto era giríssimo, com um estilo novo, uma decoração minimalista, cores neutras, uma casa-de-banho com uma das frentes/paredes toda em vidro baço, dando o ar de um quarto ainda maior do que o que era e tornando também a casa de banho menos claustrofóbica. Além disso ainda tinha uma varanda com estendal, que dava para umas ruas não principais, mas com bastante movimento. Apesar disso, as portadas duplas não deixavam entrar muito barulho.
Não que não se ouvisse nada de fora mas não era propriamente problemático. O quarto estava ainda equipado com frigobar, televisão, cofre, tinha um armário também aberto só com as arestas, bastante iluminação e muitas fichas elétricas espalhadas pelo quarto todo, ao contrário do hotel do dia anterior, que só tinha as da televisão e uma na casa de banho.
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O B&B era um apartamento que foi transformado com o fim de receber turistas. Mal abríamos a porta do quarto estávamos na entrada do mesmo que também era uma cozinha e sala de pequenos-almoços. Mais uma vez muito bem decorada, com loiças e eletrodomésticos cheios de cores. O senhor italiano que nos atendeu era super simpático! Falava mais ou menos inglês o que facilitou a comunicação, e explicou tudo e mais alguma coisa da casa.
Ah, esqueci-me de referir, como era um B&B obviamente o pequeno-almoço estava incluído, e, por acaso, até já estava quase todo montado. Com a máquina de café à disposição, um frigorífico cheio de sumos, iogurtes e águas, outro com queijos, leites e presunto, ainda tinha montes de chás, bolachas, corn flakes, uns cereais de chocolate e pão de forma. Havia torradeira e microondas, caso necessitássemos também, e os senhor disponível através do whatsapp se tivéssemos alguma dúvida. Gostei imenso! E ainda bem! Porque tínhamos achado o quarto com tão bom ar no Booking que tínhamos reservado também para de Domingo a Terça, mais duas noites portanto. E ainda bem que o fizemos!
Só foi pena estar "longe" das outras cidades. Apesar de ser a 20km de Sorrento, o trânsito caótico faz-nos demorar cerca de 1hora até à outra cidade.
Então, em Castellammare di Stabia foi pousar as coisas, tomar banho e sair para jantar. A cidade parecia ser bastante grande e até ter muito que ver mas nada comparado com Sorrento ou Nápoles.
Fomos jantar a um restaurante a 300m de casa. Um linguine para mim, uma pizza para ele, uma coca-cola zero para os dois. A minha massa estava deliciosa! Com legumes grelhados e feita em azeite... muito boa! O jantar ficou a 25€. O restaurante Mama Mia estava localizado na avenida principal paralela ao mar.
Depois de jantar fizemos essa marginal até a um terreiro e fomos para casa que as pernas estavam cansadas. Também tinha torcido e batido com o pé ao sair da água em Capri então estava um bocadinho inchado e não era fácil para andar.
No dia seguinte, Sábado, íamos para Positano e às 7h já acordávamos por isso também era preciso dormir. O meu balanço de sonos estava muito desequilibrado, com 5 horas na primeira noite, 5 horas e pouco na segunda, esta iria ser mais uma noite a dormir pouco mais de 6. Mas queres saber o que fizemos em Positano? Se vale assim tanto a pena quanto dizem? Então continua nesta aventura comigo.
