Levaram Annie Thorne de C. J. Tudor, ou, supostamente, um dos livros do ano
Levaram Annie Thorne de C. J. Tudor foi o meu quinto livro do mês de Julho. Há muito que queria ler algo desta escritora. Depois do sucesso que foi O Homem de Giz, que ainda não li mas que tenciono (está na lista de favoritos Wook para comprar), aventurei-me por este que tinha tanto feedback positivo no site, algo que me deixou bastante curiosa.
Apesar do título ser "Levaram Annie Thorne" não sei até que ponto foi o melhor. Apesar da história ter a ver com Annie Thorne obviamente, não foi totalmente em torno dela mas sim. Por outro lado o "levaram" presume que foi raptada ou levada à força, também algo que não foi beeem o que aconteceu.
De forma resumida, e sem spoilers, o que aconteceu foi o seguinte, Annie, irmã de Joe, desapareceu quando tinha 8 anos, mas apenas durante 48 horas. Mas quando volta parece uma criança diferente. Passado pouco tempo a miúda, Annie, acaba por morrer juntamente com o pai num acidente de automóvel, onde também estava Joe, que acabou por se salvar.
25 anos depois Joe volta à terra natal como professor, depois de receber um e-mail que dizia que o que tinha acontecido com a irmã estava a repetir-se novamente. Joe acaba por preencher a vaga de uma professora que se suicidou depois de assassinar o seu filho. Quando o fez deixou escrito na parede do quarto "Este não é o meu filho", algo que indica que o livro terá todo um misticismo, momentos de sobrenatural e de terror.
Portanto, achei que as primeiras 150 páginas foram um bocado para encher. Contou-se a história que contei em cima num parágrafo, apresentaram-se as personagens (acho que eram demasiados... a certa altura a coisa estava um pouco confusa), iam-se fazendo voltas no tempo, há 25 anos (aqui a história baseia-se no que aconteceu com Annie) e o momento presente, e pouco mais. A parte do passado era sempre mais interessante que a do presente porque me deixava curiosa para saber o que tinha acontecido na mina, onde a parte principal da história se desenrolou.
Mas foi isto. A partir da página 200 e qualquer coisa o livro começa a ficar mais interessante, mas fiquei com a sensação que a autora poderia ter explorado mais a Annie, ter feito um ponto de vista desta personagem, o que ela sentia, o que se tinha passado com ela, qualquer coisa assim.
No final pensei que algo seria desvendado, mas isso não aconteceu. Apesar de na última página a história indicar algo que não tínhamos conhecimento antes, não considerei um grande final.
De 0 a 10 dou 5 porque não é mau, mas também não é o livro do ano, até porque já li coisas muito melhores este ano.