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De vez em quando, quando o rei faz anos, recebo um convite para ser entrevistada para uma revista ou site. Enviam-me a lista de perguntas, quase sempre por e-mail e eu lá respondo e envio. Recentemente fui contactada para duas, uma para um blog e outra para um site. Apesar das questões não serem 100% iguais havia imensas repetidas, por isso seleccionei algumas delas e vou responder aqui, para que no futuro, caso volte a ser contactada por alguém para falar sobre esse tema interessante que sou eu (e que não tem interesse nenhum), mostre este artigo onde muitas delas já aqui estão escritas. Isto serve também para quem não me conhece muito bem, não conhece a história por trás do blog e quer saber um pouco mais, fique efetivamente a saber o que não sabe. Ora então vamos lá.
1. Quem é a Carolina Gomes da Silva?
É uma miúda normal, que adora treinar, comer bem, ir à praia, passear a filha de quatro patas, ouvir música, dançar, viajar,... Uma miúda normal.
2. O que é que a incentivou a criar o blogue?
Foram as pessoas que me seguiam no Instagram há 5 anos. Partilhava muitas receitas por lá e dava imenso trabalho estar sempre a escrever cada uma delas quando me era solicitado, por isso o blog começou exatamente para responder às pessoas.
3. Na descrição do blog podemos ler: “Go Carol porque temos de ir em frente (…) sermos felizes ao máximo”. Considera-se uma pessoa positiva? De que forma isso influencia no seu modo de estar?
Tento ser o mais positiva possível no entanto a minha veia é mais negativa. Apesar disso forço-me a pensar positivo, e hoje em dia até me começo a considerar uma pessoa positiva sim. E sim, faz toda a diferença, sem dúvida. Posso dize-lo convictamente porque sei como é pensar de cada formas.
4. O que motivou a criar o blog? Há quanto tempo existe?
Existe há 4 anos e meio, desde 6 de Janeiro de 2015, mas começou a ser pensado muito antes. Queria partilhar coisas que não conseguia através do Instagram, que era a minha rede social da altura, onde estava a mostrar um pouco mais do que gostava e fazia a quem não me conhecia, nomeadamente as receitas vegetarianas.
5. O que é que procura partilhar, essencialmente?
Um dia normal de alguém que não consome nada de origem animal, treina e trabalha todos os dias, sem esquecer que ler um livro ou fazer uma viagem também faz parte da vida, e que também é importante para a mesma. Portanto, acabo por partilhar de tudo um pouco.
6. Como é que se organiza no dia-a-dia? Tem horas para escrever para o blogue?
Na verdade não tenho horas para nada, escrevo e gravo quando quero. às vezes acabo às 19h da tarde outras vezes às 01h da manhã. Mas, normalmente começo a escrever depois de almoço ou ainda no ginásio às 7h/8h enquanto estou na bicicleta ou na elítica.
7. Quantas vezes por semana lança artigos?
Dois artigos por dia, no mínimo, um às 8:30h e outro às 16:30h. Às Quartas-feiras e Domingos normalmente são três, sendo que, por vezes, durante a semana chego a lançar três durante vários dias. Portanto, no mínimo dezasseis artigos por semana, no máximo vinte e um.
8. Atualmente, partilha que mantém uma alimentação vegana. O que despertou para esta mudança ao nível da alimentação?
Talvez seja melhor verem este artigo onde explico tudo desde início.
9. Sendo uma praticante de exercício físico, como consegue aliar a prática de exercício físico ao estilo de vida vegan?
Não existe nenhum entrave nisso. É exactamente igual a uma pessoa que coma carne, peixe, queijo,... Não há nada de diferente... Acho que as pessoas complicam muito. É uma vida normal.
10. No seu blog e canal de youtube, partilha imensas receitas fit, como é que consegue inspiração para as mesmas?
Vou inventando. Muitas delas são inventadas na hora, as outras, que vejo em livros, são recriadas ou reproduzidas, e quando é assim estão identificadas no blog (nunca fiz nenhuma no canal que tenha visto em algum lado). Misturo ingredientes e às vezes resulta bem.
11. A maior preocupação das pessoas é a suposta falta de proteína que uma alimentação vegetariana e/ou vegana pode trazer. Explique-nos como é que funciona a alimentação vegetariana e/ou vegana e como podemos ter uma alimentação completa sem a carência de nutrientes essenciais.
A partir do momento que a alimentação é equilibrada, com fruta, legumes, leguminosas, proteínas, bons hidratos de carbono, gorduras boas,... não haverá qualquer dificuldade em atingir todos os macro e micro nutrientes.
12. Cada vez mais vemos várias pessoas a procurar fazer esta mudança, mas acabam por desistir, por acharem que ficam sem alternativas ou, simplesmente, porque não conseguem?
Acho que existem as duas coisas. Pessoas que desistem, porque por vezes é muito complicado, principalmente quando estamos junto de outras pessoas em restaurantes, aniversários, festas, e as pessoas vão comer um gelado, uma pizza ou outra coisa qualquer e não existe uma alternativa para nós, sem carne, ou sem queijo, sem ovos… E isso não é fácil. De todo! Mexe muito com a parte sentimental e emocional, ao contrário do que se possa pensar. Por outro lado, normalmente a família não está de acordo. Acha que a pessoa vai morrer de fome, que não vai aguentar, que vai ficar doente,… E, mais uma vez, isso também não ajuda.
Ou seja, tanto a falta de alternativas nos restaurantes e outros espaços alimentares, como a falta de ajuda da família e amigos, como a falta de confiança/motivação/empenho/vontade da própria pessoa podem fazer com que se desista muito rapidamente de uma alimentação vegetariana ou vegan.
Muitas vezes tem de se fazer sacrifícios. Ver os outros a comer uma pizza e termos de optar por uma salada porque não fazem pizzas sem queijo, ou termos de levar os nossos pratos para uma festa porque ninguém "sabe cozinhar o que comemos"... Mas se for realmente essa a nossa escolha ninguém nos pára.
13. Como é que se adapta o organismo a esta mudança? Que considerações são importantes ter em conta para quem procura o mesmo?
O nosso organismo é uma máquina perfeita! Sabe cuidar muito bem de si e adapta-se igualmente bem e de forma muito rápida às situações diversas em que é colocado. Quando se retira a carne e o peixe de forma drástica é normal que no primeiro mês se sinta falta (no caso de se tratar de alguém que gosta efetivamente de comer carne e/ou peixe). Não se tendo deixado de comer por vontade própria isto é natural que aconteça. Contudo, se se tratar de alguém que não gostas mesmo destes alimentos ou ficou de algum modo traumatizado/enojado com alguma situação, a resposta do organismo é completamente diferente. Quando deixamos de comer algo por vontade própria não sentimos falta. A melhor forma de habituar o corpo nos casos em que isso não acontece é ir devagar. Tirar primeiro a carne, depois o peixe, se for o caso o leite e derivados e os ovos. Para umas pessoas isto até pode ser feito tudo de uma vez mas para outras tem de ser mesmo assim, gradualmente. E tanto pode levar semanas como meses ou anos. O mais importante é saber ouvir o corpo, perceber se ele está confortável com a situação e se podemos continuar ou não a retirar coisas da alimentação. Outro aspeto importantíssimo é saber o que comer quando se retira quase toda a proteína da alimentação. "Em vez de peixe grelhado como o quê?". É aí que tem de estar a ajuda nutricional, caso seja necessário, de modo a ensinar a comer quem há anos está habituado a comer única e exclusivamente animais mortos.
14. Podemos conhecer um pouco da sua rotina? O que não pode faltar no seu pequeno-almoço? A que altura do dia prefere treinar?
Habitualmente não tomo pequeno-almoço porque gosto de fazer jejum intermitente. Por outro lado sinto-me melhor treinando em jejum, e como treino sempre de manhã escolho saltar essa refeição. Quando como, em viagens ou porque acordo com muita muita fome, opto por um batido de fruta/fruta e legumes. Se tiver mais tempo preparo umas panquecas.
15. Outra questão sobre a alimentação vegetariana e/ou vegana é o custo para manter esse estilo de alimentação, consideras a alimentação vegetariana e/ou vegan cara? De difícil ou fácil acesso?
Não. Comparando com a alimentação "tradicional", com carne e peixe, até é mais barata , uma vez que se retira isso do dia-a-dia. A diferença é que por vezes se colocam coisas desnecessárias para a sobrevivência, só porque o rótulo diz que é vegan. A base da minha alimentação são os legumes, leguminosas, frutos secos e fruta. É isto o que mais como. Depois há o arroz, massa, quinoa, batatas, mas tudo isto qualquer pessoa come. Esta lista de alimentos também está incluída no carrinho das outras pessoas. Os vegetarianos e veganos não acrescentam nada, só retiram alimentos do carrinho, portanto só por aí já dá para perceber que nunca é mais caro. No caso de se incluir a soja, tofu e seitan, é mais ou menos o mesmo que comprar carne. A carne até é bem mais cara em muitos casos. Mas há quem "invente" um bocado e comece a comprar bolachas, batatas fritas, refeições congeladas, e aí para além de não ser de todo essencial, muito pelo contrário, acaba por aumentar o preço final, e muitas vezes induz as pessoas em erro.
16. Tem algum truque para manter sempre o foco num determinado objetivo, nomeadamente numa rotina mais ativa e saudável?
Gostar do que como, de treinar e de me sentir bem. Acho que o truque é só gostarmos do que fazemos.
17. Através da hashtag #juntossomosmaisfit, acredita que pode ser uma motivação extra para alguém? A partilha de conteúdos pode ser benéfica para motivar as pessoas?
Acredito que pode ser uma motivação extra, sem dúvida. Já me aconteceu diversas vezes estar cansada ou com dores musculares e não me apetecer treinar naquele dia, por exemplo. E depois de ver dezenas de publicações logo de manhã no #juntossomosmaisfit fico mais inspirada e sem vontade de desistir. Se me ajuda acho que pode ajudar outras pessoas. O #juntossomosmaisfit não sou eu, somos todos. É uma família gigante que já existe há 3 anos e que espero que continue a existir durante muitos mais. Cada uma dessas pessoas acredita que podemos de facto ajudar-nos uns aos outros, e isso é das coisas mais bonitas que as redes sociais me trouxeram.
18. Tem imensos seguidores, é difícil ser uma influenciadora digital?
Não me considero propriamente influenciadora digital. Quando me perguntam o que faço nas redes digo que sou blogger. Apesar de também fazer vídeos para o Youtube, e do Instagram ter sido a minha primeira plataforma que me levou ao Blog e ao resto, nunca me auto intitulei de influenciadora digital. Se ter um Blog, um Canal de Youtube, um Instagram e mais outras cinco ou seis redes para gerir e criar conteúdo, não, muito menos quando sou o único membro da minha equipa. Mas eu adoro e espero continuar a fazer isto para sempre, ou até as pessoas me quererm ler/ver/ouvir.
19. Trabalha com algumas marcas bastante conhecidas, como a Prozis e a Susana Gateira. Já foi obrigada a partilhar algo que não queria nas suas redes?
Não. Nunca partilhei nada que não quisesse. Aliás, a Prozis e a Susana Gateira são marcas com as quais trabalho praticamente desde início do Blog e Instagram. Já fiz imensa coisa com eles, desde ir às empresas conhecer as pessoas e as fábricas, produzir uma mini coleção cápsula exclusiva para compras online (no caso da Susana Gateira), fazer sorteios exclusivos com ambas, etc, e sempre foram marcas de que gostei muito. São marcas que gosto e que quero dar a conhecer de facto. Não me obrigam a publicar nada, nem a falar bem de nada, até porque já aconteceu dizer abertamente nas redes sociais ou no blog que não gostava tanto de uma peça ou de um produto por este ou aquele motivo. Se fosse obrigada a fazer apenas publicações positivas isso nunca poderia ser acontecer como é evidente.
Mas já agora aproveito para dizer também que tudo que publico são coisas que gosto, coisas que uso, coisas que já usei noutra altura da minha vida, ou que cá em casa se usa. Por exemplo, não uso colagénio mas compro para a minha mãe. É algo que ela adora e que está sempre a elogiar, portanto recomendo. Não experimentei mas recomendo porque sei que resulta. Outra coisa que também não consumo de momento são iogurtes ou queijos de origem animal. Mas consumia antes e não é por isso que não posso falar neles. Se é a coisa que acho que faz melhor na vida? Não, mas dentro de tanta coisa má que as pessoas comem é uma melhor opção sim. E se me apetecer falar disso falo porque já usei e porque continua a haver cá em casa, mesmo que não seja para eu comer.
20. Partilha muitos treinos, dicas de treinos, receitas, etc. Como mantém a motivação para fazer tudo isso? (Semelhante à questão 16)
Existem vários, até porque gosto de estar sempre a fazer coisas e a pensar em fazer coisas novas, mas ainda não posso dizer, até porque adoro fazer surpresas. Fiquem atentos às minhas redes sociais que saberão tudo!
