As vossas Histórias - Perda de peso e compulsões alimentares
"Minha" querida Sofia, obrigada pelo teu e-mail, pela tua mensagem super fofa, pela tua coragem em nos contares a tua história,... por tudo! Conheçam a história de vida de hoje.
"A minha história começou há pouco mais de 3 anos. Contudo, foram 3 anos que mudaram a minha vida como eu não imaginava ser possível.
Na Páscoa de 2013, a minha família foi abalada for uma grandíssima ruptura que destruiu por completo toda a dinâmica a que eu, enquanto criança extremamente ligada e dependente da família, estava habituada. Hoje em dia, consigo entender e concordar que essa mudança possibilitou melhorias em muitos aspectos contudo, na altura em que aconteceu, foi como se me tivessem retirado o chão dos pés.
Fiquei perdida, sem rumo, senti-me sozinha, desesperada.. Perdi o controlo da minha vida.
E, numa tentativa inconsciente de sentir de novo algum tipo de controlo e poder, iniciei um rígido e muito restrito plano alimentar. Determinava um número de calorias a ingerir, uma lista de alimentos proibidos, as horas em que me permitia comer alguma coisa…. E cada uma destas regras que impunha a mim mesma tornava-se cada vez mais radical.
Sentia-me poderosa, sentia-me cumpridora, sentia-me bem! Mas não soube parar, não soube perceber quando é que, ironicamente e sem o saber, perdi novamente o controlo, o controlo da minha SAÚDE.
Sabia todos os rótulos nutricionais de todos os alimentos de memória, acordava mais cedo para fazer exercícios às escondidas, fazia desvios se fosse andar a pé para conseguir perder mais umas décimas de caloria… O que importava era que o saldo calórico fosse cada vez mais negativo.
Mas chegou uma altura em que a minha família pôs um ponto final no assunto. Levaram-me a muitos médicos, especialistas, passei muitas horas em consultas horrorosas, em salas de espera presa num ambiente desesperante. Só me apetecia desaparecer!
Comecei a minha recuperação sem estar 100% comprometida com a mesma. Sabia que estava magra mas não me apetecia ganhar peso, não gostava da ideia de “deitar ao lixo” todo o trabalho que tinha tido. Comia um pouco mais, mas continuava com o exercício violento para compensar o aumento calórico ingerido.
Até ao dia em que me apercebi da proximidade a que me encontrava da morte! O cardiologista mandou-me parar imediatamente com toda e qualquer actividade física porque o meu coração já não aguentava esforço nenhum! Mandou-me parar de dançar, aquilo que eu mais gostava de fazer e que desde sempre fez parte de mim. Foi um abanão que me acordou para a realidade!
Em três semanas, ganhei peso suficiente para o meu coração melhorar ligeiramente e iniciei assim a minha recuperação, agora sim, determinada a melhorar. Mas não vale a pena dourar a pílula e dizer “já está, estou a recuperar!”. Não é assim! Nunca na minha vida tinha passado por algo tão difícil como aquilo que é conhecido como RECUPERAÇÃO! É tudo muito bonito quando estamos num dia bom: sentimo-nos empenhados, capazes, corajosos… Mas quando isso não acontece (o que se verifica um número bastante grande e indesejável de vezes), todo o mundo é negro. Os pensamentos são irremediavelmente negativos; tendemos a isolarmo-nos do mundo e de todos; somos consumidos pela culpa de estarmos a ir contra as regras que nos forçamos a cumprir tão rigorosamente e durante tanto tempo; acabamos, por vezes, por ser desagradáveis com quem nos quer apenas ajudar e com quem nos é mais próximo…
Mas o pior de tudo, para mim, foi quando passei ao outro extremo e quando me vi presa em episódios de ingestão compulsiva. O acto de comer, se calhar por ter sido algo de que me privei de fazer durante muito tempo, não parava depois de ter começado. Nesses momentos de descontrolo não consigo dizer que não, é uma força superior a mim que me governa, é algo irracional! Não tiro sequer o menor prazer do que ingiro… É gula! É um pecado! É quase que um castigo ou uma punição que aplico a mim mesma quando não me sinto bem comigo, quando perco o gosto por mim, quando não me acho merecedora de nada nem de ninguém… É algo incontrolável!
Felizmente e graças a certas pessoas (sendo tu, Carolina, uma delas) que de uma forma mais ou menos direta me ajudaram, arranjei alguma força para tentar alterar este estado de descontrolo, desespero e infelicidade em que me encontrava, e, assim, conseguir voltar a encontrar o rumo e procurar reencontrar aquela rapariga forte e saudável, tanto física como psicologicamente, que eu tenho a certeza que posso ser!
E assim surgiu a minha conta de instagram @equilibriumoflife e o meu blog que relatam a busca incessante que vivo pelo equilíbrio e pela saúde!"
Recordem-se que é sempre importante ter acompanhamento de psicólogos, médicos e nutricionistas. Deixo-vos a sugestão de uma psicóloga, Psicóloga Clínica Cláudia Esteves, que me contactou e revolveu dar-vos um desconto de 10% caso entrem em contacto com ela e digam que leram este post. Este desconto é apenas válido nos acompanhamentos online (em consultório, envolve terceiros e não tem possibilidade de fazer essas campanhas), não existindo limite de utilização. O valor da consulta depende se o paciente compra sessão isolada ou pack, e depende também da periodicidade das sessões.