10 Clássicos para ler em 2021
Em 2021 quero ler mais que em 2020. Não foi um ano muito forte para mim em termos de leitura. Li menos do que queria. Tinha como objetivo 25 livros mas consegui chegar apenas aos 23,5. Sendo que dois deles tinham mais de 660 páginas, portanto foram quase 25. De qualquer modo não foi o que planeei. Por isso, este ano já comecei o primeiro mês de 2021 a terminar o que ficou pendente de 2020 (esse tal livro que ficou a meio), e pretendo ler durante todo o ano, ao contrário do ano passado, em que apenas li durante 6 meses.
Agora trago-te 10 clássicos que poderás querer conhecer. São livros intemporais, alguns bastante conhecidos de todos nós, outros menos, mas todos muito bons (dizem os críticos e diz quem já leu). Por outro lado clássicos são clássicos, é sempre bom ter lido. Seja pelo motivo que for, aqui ficam eles.
Obra incontornável do movimento romântico português, Amor de Perdição leva-nos a conhecer uma das mais apaixonantes histórias de amor de todos os tempos. Simão e Teresa (qual Romeu e Julieta) pertencem a famílias inimigas, mas a paixão que os une fá-los acreditar que tudo é possível. Poderá este amor vencer todos os obstáculos ou será o caminho para a sua perdição?
A chegada de vários jovens marca uma profunda transformação na vida de uma família de classe média rural, os Bennets, e em particular na das suas filhas.
Um desses jovens é Darcy, membro da alta sociedade que se distingue pelo seu orgulho. Desenvolve-se uma série de desafios, de equívocos, de julgamentos apressados, que conduzem à mágoa e ao escândalo, mas também ao auto-conhecimento e amor.
A maioria das aventuras descritas neste livro aconteceu realmente. Huck Finn é baseado na vida real. Tom Sawyer também, mas não num indivíduo — é uma combinação das características de três rapazes que conheci, e portanto pertence à ordem compósita da arquitectura.
Inocência e infância em estado puro.
Rapaz traquinas, Tom Sawyer adora meter-se em problemas. com o seu grupo de amigos, e pelos belos olhos da pequena Becky, ele inventa mil e uma tropelias, que o levam a outras tantas aventuras, por vezes perigosas, mas sempre divertidas.
Neste romance é-nos contada a história de Jacinto, um jovem português, oriundo de uma família abastada, que vive em Paris rodeado de todos os luxos, das mais recentes descobertas da ciência e da mais moderna tecnologia.
Tudo à sua volta está abarrotado de Civilização, mas a sua insatisfação e o seu aborrecimento são permanentes. Até que decide ir até Tormes, terra natal dos seus antepassados. Para a viagem da capital francesa até à província portuguesa, são preparadas dezenas de caixotes e malas, mas inesperadamente acaba por chegar sem nada. Este acaso vai permitir-lhe experimentar as coisas simples da vida e é então que ocorre uma mudança profunda: privado das coisas materiais, o seu lado humano floresce e Jacinto torna-se uma pessoa diferente.
Um livro que nos dá o retrato de uma família de classe média americana do seu tempo, sublinhando os seus principais valores morais, e em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades.
Dorian Gray é um jovem invulgarmente belo por quem Basil Hallward, um pintor londrino, fica fascinado. Determinado a eternizar a beleza de Dorian numa tela, Basil convence-o a posar para ele. Numa dessas sessões, o jovem conhece Lorde Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista, que o desperta para a beleza e o seduz para a sua visão do mundo, onde as únicas coisas que valem a pena perseguir são a beleza e o prazer. Horrorizado com o destino inevitável que o fará envelhecer e perder a sua beleza, Dorian comenta com os amigos que está disposto a tudo, até mesmo a vender a alma, para permanecer eternamente jovem e manter a sua beleza.
Fortalecido pelo hedonismo, Dorian trata cruelmente a sua noiva, Sybil Vane, que se suicida com o desgosto. Ao saber do sucedido, o jovem começa a notar certas mudanças subtis na sua expressão no quadro, e constata que é o Dorian do quadro que envelhece e que sofre com a passagem dos anos, ao mesmo tempo que o Dorian real permanece com a juventude e beleza intacta. Um romance gótico de horror com um forte tema faustiano, O Retrato de Dorian Gray é considerado pela crítica como a melhor obra de Oscar Wilde.
A existência de F. Scott Fitzgerald coincide literariamente com os dois decénios que separam as duas guerras, repartindo-se entre a América onde nasceu, numa pacata cidade do Middle West, no Minnesota, e a França, onde viveu durante vários anos com a família. O seu nome evoca-nos uma geração que associamos à lendária idade do jazz, vertiginosa e fútil. Fitzgerald pertenceu a essa geração, foi um dos seus arautos. A sua vida tão precocemente visitada pela fama, e tão cedo destruída, é a carne e o sangue de que é feita a sua obra. O Grande Gatsby é o seu maior romance, talvez porque nele se fundem com rara felicidade essa matéria-prima, a sua própria experiência de vida, e uma linguagem de grande qualidade poética.
Os Lusíadas constituem indubitavelmente um dos maiores monumentos da literatura portuguesa. Luís de Camões transporta para os versos deste poema épico toda a história do povo português e das suas grandes conquistas, passando essencialmente pela narração da viagem de Vasco da Gama à Índia em 1497.
O poeta exalta ao longo de dez cantos a glória dos grandiosos feitos portugueses, a expansão de novos reinos e o ideal da fé católica. Os marinheiros portugueses, auxiliados pelos deuses Vénus e Marte, mas permanentemente perseguidos por Baco e Neptuno, comprovam o seu valor ao ultrapassar os mais improváveis obstáculos, pelo meio de diversas aventuras.
Como seria, no final do século XIX, dar uma volta ao mundo em 80 dias? É o desafio que Phileas Fogg decide enfrentar com o seu fiel companheiro, Passepartout. Juntos vão viver aventuras emocionantes, mas também encontrar obstáculos...
Na pequenez da Baixa e do Aterro, onde todos se acotovelam, os dois fatalmente se cruzam: e com o seu brilho pessoal, muito fatalmente se atraem! Há nada mais natural? Se ela fosse feia e trouxesse aos ombros uma confeção barata da Loja da América, se ele fosse um mocinho encolhido de chapéu-coco, nunca se notariam e seguiriam diversamente nos seus destinos diversos. Assim, o conhecerem-se era certo, o amarem-se era provável...
Nem só das histórias de amor dos Maias vive o romance mais completo e brilhante de Eça de Queirós. É também uma verdadeira crónica de costumes, retratando, com rigor fotográfico e muito humor, a sociedade lisboeta da segunda metade do século XIX.